
OMS FAZ ALERTA SOBRE SUPERBACTÉRIA
Genebra (AE) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o surgimento de nova bactéria, denominada de NDM-1, que foi identificada nos últimos dias em hospitais asiáticos e ingleses. O organismo internacional apelou para que autoridades sanitárias de todo o mundo monitorem a bactéria, que mostrou grande resistência aos antibióticos que hoje são usados no mercado. A OMS também quer que governos limitem o acesso da população aos antibióticos para tentar evitar o surgimento de superbactérias resistentes aos remédios.
A OMS sugere mais pesquisas para determinar controle da bactéria. No dia 11 de agosto, a revista especializada “The Lancet” publicou estudo mostrando que a nova bactéria super-resistente não teria dado qualquer sinal de enfraquecimento diante de sua exposição a quase todos os antibióticos conhecidos. No início do ano, médicos indianos já haviam feito o alerta sobre a superbactéria. Os indianos advertiram que ela poderia se espalhar rapidamente, o que em julho acabou ocorrendo em hospitais no Reino Unido.
O vetor de transmissão teria sido os próprios pacientes, muitos dos quais são ingleses e viajaram até a Índia para o que vem sendo chamado de “turismo médico”. Segundo o estudo, a bactéria teria sido transmitida da Índia para o Reino Unido por pacientes que viajaram até o país asiático para serem operadores, principalmente no campo da cirurgia plástica. O governo indiano reagiu com rigor contra as conclusões do estudo do “Lancet”, apontando que a transmissão não ocorreu por culpa do turismo médico.
Nova Déli já se preocupa com a imagem de setor médico que, por ano, tem crescido a uma taxa de 30% graças a milhares de europeus que começam a viajar em busca de tratamentos mais baratos. Ontem, a OMS tentou dar um basta na troca de acusações e alertar que a responsabilidade agora é de todos. “Ainda que uma bateria resistente a múltiplos remédios não seja algo novo e continuará a aparecer, as últimas informações exigem monitoramento e mais estudos para entender a extensão e modos de transmissão, além de definir as melhores medidas de controle”, disse a OMS, em alerta emitido em Genebra para todos os governos.
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